domingo, 31 de dezembro de 2006

P R E S E N T E

_______ E no FÓRUM UNIVERSAL dos ASTROS , um

satélite assustado trouxe notícias de uma estrela desaparecida:

"Disse que era cadente
E caiu no Rio de Janeiro
Nas mãos de um menino,
Que correu presentear
A namorada"

_______ O gesto audacioso foi saudado pela Estrela D`alva e a

L U A, eterna anfitriã, fechou a questão sorrindo, dizendo um simples

D E I X A " S T A R "

Para Marla de Queiroz
Dedicado ao 7º ano do Século da Alma

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Voavento (saudades de mim)

Você que admira o vento
Deve saber das surpresas
Voa papel de bala
Voa a melhor idéia
E a gente parece um varal vazio no tempo
Voa até a saudade
Mas há saudade de sobra aqui dentro
Além disso ele varre a cidade
E traz a chuva,
````````````````````````
´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
'''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~,
o vento.

Nobres Poetas! Vamos fazer tudo outra vez - em 2 0 0 7. i n s p i r A Ç Ã O a todos.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

f é r i a s

Que chova em mim
Quero brincar de molhar
Quero brincar de chorar
Eu quero viajar
Bar de rodoviária
Xixi na estrada
Um café no posto
Sol lua sol lua sol lua
sol lua luar

Que chova em mim
Que eu não fique gripado nas férias
Que eu não fique enguiçando com nada
Que eu pisque e ao piscar apague
O que for incomodar, atrapalhar
E que o relógio também pare para descansar.

sábado, 16 de dezembro de 2006

Poema puto a Noel

A moça virou pé-de-guerra
E muito mais
Desceu a serra serrando os dentes
Deu de cerrar os punhos e intimou:
Hey,... P*a*p*a*i*-*N*o*e*l ...!
Encaixote os meus dias vazios
Pois ando de saco-cheio
Jogue os meus medos na Antártida
Passe por aqui em seu velho trenó bem cedo
Mas primeiro entregue todas as suas encomendas...
Você sabe!
Não devemos abandonar grandes tarefas pelo meio!

#(2006 já vai indo...)#

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Dentro do Quarto

Fechei esse dia ligeiro
Ligeiro como de fato
Meu coração passarinho
A alma no esparadrapo
Pareço nada demais
Nem mais nem menos, eu acho
Mas quero abrir essa noite
Sem senha, sem hora, sem data
E fazer surpresas dentro do quarto
Talvez dance um tango em seu ventre
Ao mesmo tempo em que a gente
Parte para o abraço

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

3 brinquedos

Sertão
Little town
ser tão lavoura arcaica
ser tão um parque de 3 brinquedos
sertão ser tão
a igrejinha e o altar
ser tão
ônibus velho parado
ser tão domingo-segunda-feira
sertão picando a mula pra capital
ser tão poeira e bosta de vaca
secando no sol
sertão ser tão
little town.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

m e i o

meio conturbado,
mas tudo meio indo,
indo tudo ao meio
rodando em volta do meio,
meio paradeiro
meio indo tudo
tudo meio [a] meio

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Papel

Uma nuvem pássaro passará no céu daqui
Um cometa estrela também passará
Um poeta passeia seu passo lento aqui
Uma janela fica aberta para vento passar
Mas uma folha em branco não passará em branco
Porque folha em branco
É para a palavra que está por vir
Eu passo uns versos no papel, assim ...

domingo, 26 de novembro de 2006

durex

Eu remendo os fragmentos com durex. Reviro etapas, cato meus trapos e minha comida. Reconto moedas sem atirar pedras em ninguém. E vou subir as ladeiras da vida. Viver tudo de novo. Quero morar longe, sozinho, até encontrar outro alguém. Não quero mais viver onde tudo ao redor vai ficando nas mãos de uma gente que insiste em fazer deserto.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

calado

INQUIETA-ME TANTO CÉU
INCONSOLA-ME TANTO MAR
TANTO CÉU E MAR
SILENCIA-ME
NÃO TENHO NADA A FALAR

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

“Ao vento”

Chora
Leva a dor
Ao vento
No temporal que se dá agora ali
No topo dos nãos que levamos
Por cenas desertas de amor
Por barcos já naufragados
Por aviões que caíram
Por horas em que estar vivo
Vive-se no dissabor
Então chora
Faz a dor vazar, sair de dentro
E jogue o balde de lágrimas
No meio-fio da vida
Há muita coisa acontecendo
Chora
E a dor irá ao vento
O temporal daqui a pouco
Cessará.

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

"Br Blues"

Eis essa música fria
pra dar um frio na barriga
eis a barriga vazia
levando um samba alterado

Só a platéia mantém
a boca do palco aquecida
só assim meu coração vai e vem
e canta
até o frio esquentar

vamos tirar a barriga da miséria
vamos tirar a miséria da barriga

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

nem meu nem seu

Isso aqui já não é meu nem seu
nem a chave que abre a porta
da capital para o sertão
somos apenas dois passarinhos
aprendendo a voar juntos
no verão
vamos brincar nas curvas
e dar amor um para o outro
pra gente se aquecer na próxima estação

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

~~~~~~~~t~~a~~l~~v~~e~~z~~~~~~~~

Pra surpreender,talvez eu ganhe na loto
Talvez acerte na lata
Me ajude, caso dê um troço
Abriremos um negócio
Um negócio da China
Pra surpreender, talvez eu caia na vida
Talvez a vida levante
tudo de perna pro ar:
de lá pra cá nós dois, daqui pra lá o mar.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

s i n c e r o

time after time
FALÁVAMOS EM COMUNHÃO
time after time
SERIA SÓ UMA CANÇÃO
time after time
A VERDADE É ALGO LINDO
É PRECISO SER SINCERO
time after time
LEMBRO UMA RUA NO NEPAL
time after time
LEVAVA UM DIA PRA PARTIR
time after time
O PASSAPORTE NÃO VENCEU
time after time
COMUNIDADES.COM

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Rindo pra mim

Eu vi Monalisa rindo pra mim
Não que isso seja o fim
Ouvi Monalisa dizendo "sim"
Sinceramente ficou da gente se encontrar
Eu vi Monalisa dizendo sim
Não que isso seja ruim
Eu vi a Monalisa rindo pra mim
Não que isso seja o fim
Preciso tirar um lazer
Até porque creio eu que esse
Sorriso ela dê pra qualquer um.

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

De nada!

A linha ocupou
a fenda se abriu
a ponte rompeu
e
nem ficha
nem cartão
nem senha
nem docs
nem a língua.com
nada serviu enfim
não sobrou resto de nem isso - nem aquilo
o amor não rimou mais
ela foi logo mandando um e-mail dizendo
tem que...
tem q....
teimk.....
tank you!

segunda-feira, 30 de outubro de 2006

pra cima

Parecer estrela
subir
ir pra cima
andar aéreo
perder o medo da queda e
nunca esquecer:
"atrás de uma vida mono
ligar sempre um som estéreo!"

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

I N F Â N C I A

a minha rua nasceu numa curva
nasceu torta entortando retas
cachorro chegava mordendo
criança ficava brincando
criança passava crescendo
íamos todos com alguma coisa bem feliz estampada na cara
e os mais velhos diziam que carregávamos a felicidade
na ponta do nariz

domingo, 22 de outubro de 2006

"PÉS"

Vento
Tempestade
Agitação
Mar bravo
Eu remo.
Mesmo perdido há uma direção.
Não farei mais caminhos olhando os "PÉS".
Se eu for barco, que passe bancos de corais e arrebentações
E que o amor dance no vento e tudo se acalme, caso o milagre do amor ocorra em "NÓS".

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

outra forma

Nunca colocarei grade entre a gente. Há uma janela aberta pra te
ver. Um vento estranho, às vezes, vem querendo fechar tudo, mas sempre a poesia tentará te tocar de uma outra forma. Por nada, quase nada,há sempre um beijo na entrelinha.

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Esquina

Voltou sozinha pra casa. Ardia a febre da tarde em seu rosto. Sentiu saudades de um outro tempo. Limpou o batom e fez cara de choro. Daí começou a fazer as suas verdades. Estava puta com o descaso e foi fazendo as malas, catando seus trecos. Saiu sozinha dali e o resto de amor que havia ali saiu com ela. Sumiu. Nunca mais voltou. O coitado casou-se outra vez, mas o trauma é grande. Hoje faz tudo que a mulher quer, inclusive abastece o carro para que ela passeie sabe-se lá com quem. E nas vezes em que vai até a esquina, dizem que ainda procura aquela que o abandonou. O primeiro amor nem sempre passa.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

cedo ou tarde

Eu sei que o tempo passa até entre os dedos, mas sou feliz também observando o tempo. Se chego tarde ou se chego cedo, tempo pra ser feliz não importa: eu chego.

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

deste ponto

Das velhas coisas surgem as novas e o amor salta entre todas as coisas. Sinto na pele as suas palavras e meus olhos não fazem silêncio. Sinto acordes de uma canção antiga e deixo tudo neste momento sair deste ponto: a velha canção enche minha alma de força. Estou forte e reforço o sentimento por quem amo. Sou tomado por isso. Parto disso e deixo-me tocar por sua alma também. Sou assim mesmo. Relaxo com as velhas canções. A alma e o olhar se enchem de saudade. É o coração quem me diz.

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

p a i s a g e n s

O quanto contemplo é o quanto vivo. Minha vida vem se fazendo em ir e vir. Aprendo a velar paisagens. Amarro uma cena a outra. Tento ver pelas frestas, que é para, ao mesmo tempo, não ver. Não preciso coisificar nada das estradas. Posso olhar e piscar-apagar. O que poderia haver entre as frestas das folhas das bananeiras? Há vida e isso basta.

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

outro ser

Comigo vive um outro ser,
um que eu nem conheço bem.
É aquele que salta de um livro.
É aquele autor ou personagem da notícia de poesia que eu nem li. Vamos juntos sem saber, mas não estranho a condição:
o outro ser sou eu também.

terça-feira, 19 de setembro de 2006

4.0

Eis o pulo do gato. Toda cidade tem seus muros. Porto seguro de gato é rua. No pulo, eis um gato vivo de 40 anos, eis os anos de vida do gato, suas 7 vidas e seus passos, em pleno sol da manhã, chegando em casa, com o olhar ainda afim de hipnotizar ...

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

ser

E o seu coração ficou tranqüilo nesta tarde. Ficou feliz. Parecia bater no vento. Parecia estar na água sem sentir frio. Meu pensamento ficou feliz nesta tarde. Parecia pensar no vento. Parecia vir do céu azul e cair n'água. Ouvimos sinos. Sentimos. Existimos ali. Valeu!

domingo, 10 de setembro de 2006

Tangente ( algo ainda pulsa )

O CORAÇÃO PULSA...PULSA, AMA VOCÊ E VOCÊ NÃO QUER.
"CAGA" PRA MIM, MAS, VEJA VOCÊ, ESTOU AQUI AGORA PRA CANTAR BARATO PORQUE CANSEI. SÓ SOBROU TESÃO E COINCIDÊNCIA: ESTAMOS SÓ NÓS DOIS NESSE VAGÃO.

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Ó R B I T A S

decerto o deserto seja certo pra nós e, reto, eu ainda mirarei a sua reta. ainda que sem resposta te admirarei e ainda que te admire girarei. estaremos longe, mas poderei alcançá-la. o deserto é muito quente e muito frio, talvez não consigamos suportar. agora, aqui, eu te amo. será que não dá pra você me amar?

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Então me diz

Esse sal que tempera o teu mar serve pra fazer soro? Esse meu rio de
águas quietas, que é incansável, passa aqui, com qual intenção? Já não sei
dessas questões, mas tenho urgência de outras. Já sabe a fórmula de ser
feliz? Me diz, me diz. Já sabe quem é que tranca a noite no escuro, quando é
madrugada? Me diz que dará pra gente ver pequenas coisas passeando pelo ar.
Me diz que dará pra gente passear em uma nave pelo céu, em alguma coisa que
faça voar. Não sei mais nada sobre questões muito técnicas, mas amar nem requer
diplomas.

domingo, 27 de agosto de 2006

fly away

Tomo remédio de curar saudade e deliro. Vejo montanhas vindo a Maomé. Aparam minhas asas e jogam-me na cela. Liquidam meus gestos em espaços de idéias baratas. Arquivam minhas histórias. Gigantes me encaram e embrulham pra presente o meu querer. Confesso que só na manhã seguinte livro-me do pesadelo e saio com minha asa nova. Juro estar curado e o coração, ao menos isso, manterei aquecido. Vôo longe. Ainda não sei pra onde. Nunca mais tomarei remédio sem orientação médica. Sinto que estou melhorando, sei lá, realmente sinto. Mas volta e meia ela chega e ainda fico confuso. Será que saudade é a soma dos meus amores entre o sentir e o sentido?

sábado, 26 de agosto de 2006

in concreto

Sem idéias agora, mas o mouse do meu pensamento diz que sim. Me pede para tentar. Eu digo a mim mesmo: se não brota,não insisto. Mas algo me diz: se não insiste pode deixar de encontrar algo. Então, lá vou eu: não desistirei da idéia de insistir em estourar essa armação de concreto que esse mundinho da mesquinharia constrói em nossas idéias. De concreto, de concreto, por hoje, somente um diazinho sem idéias.

terça-feira, 22 de agosto de 2006

A PRECISÃO DO BEM

O que é bom tem andado em silêncio. O bom se aquietando nessas horas recheadas de barbárie. O bom andando na órbita ao lado. Pudera! O bom rodeado de escárnios e cuecas cheias de grana. O bom, solitário na janela, bombardeado na bala perdida. O bom perdido na avenida entre o roubo relâmpago do mau. O bem anda guardado, grosso modo, distante. O bom se mantém vivo assim. E o bem precisa ser a rota do século XXI. E o bem precisa. O bem. O bom ainda aguarda para romper o silêncio e daí o medo.

*Blogagem coletiva para romper o silêncio no endereço http://www.lauravive.blogspot.com/ a convite de Ana Paula http://sopadeideias.spaces.live.com/

domingo, 20 de agosto de 2006

R O M A

..." se você quiser, se der pé,
se eu ficar com você
pode ser no sonho
vai ser pra valer...
pra lua luar - pra vela velar
e o verbo perder ação:
AÇÃO NOS PERTENCER" ...

* naco de canção própria

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

muito leve

"céu - extensão do olhar
sal - tempera o gosto do mar
som - extensão da ALMA
pra ouvir você
admirar você.
paz - sou um homem correndo atrás
sim - meu olhar de confirmação
mil, dois mil e um e dois e três
MÃOS ONGS OVNIS CORAÇÃO"

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

O catador de tudo

Suas idéias parece que giram ao redor da lua. Sinto que brilham como estrela cadente caindo. Vejo que caçam como a flecha certeira indo.
dedicado ao poeta Manoel de Barros